segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Balandrau

Balandrau é o traje típico maçônico. É preconizado seu uso estrito em sessões maçônicas simples, ditas econômicas. Todo balandrau é de cor preta, com comprimento abaixo dos joelhos, mangas largas e compridas. O colarinho alto deverá está sempre fechado. 
Palavra originada do latim medieval balandrana, que definia a vestimenta de capuz e mangas largas abotoada na frente e, pelo uso, designava certas roupas usadas por confrarias, normalmente em cerimônias de cunho religioso.  O balandrau tem uma história ligada às organizações de ofício --- que nós chamamos de Maçonaria Operativa --- pois já era usado pelos collegiati, membros dos Collegia Fabrorum romanos, quando se deslocavam pela Europa e norte da África, acompanhando as conquistadoras legiões romanas, para reconstruir o que fosse sendo destruído pela atividade bélica. Também os membros dos Ofícios Francos, dos séculos XIV e XV, costumavam usar um balandrau negro, em seus deslocamentos pela Europa ocidental. Não é, portanto, estranhável a sua presença nos trabalhos maçônicos.

Geralmente, e de acordo com os estatutos de várias Obediências, o balandrau é "tolerado" em sessões econômicas ou preconizado pela direção de cada Loja. Já é um grande avanço, quando se sabe que, em outras partes do mundo, principalmente em regiões quentes, os maçons vão às sessões até em mangas de camisa, mas portando, evidentemente, o avental, que é o traje maçônico essencial e imprescindível. E trabalham muito bem, pois a consciência do homem não está no seu traje. Como diz a velha sabedoria popular, "o hábito não faz o monge"; não é, portanto, um traje formado por parelho (de "par", já que "terno" é palavra referente ao traje de três peças: calça, colete e paletó) que vai fazer o maçom.

Atualmente, a Maçonaria no Brasil de várias obediências tolera a veste talar, negra, de mangas longas, colarinho alto e fechada até o pescoço como opção ao terno escuro, por entender que só o avental seja paramento maçônico. Na prática, visto que muitas Lojas o têm como item patrimonial para empréstimo aos irmãos visitantes, o balandrau deixou de ser talar, tendo um comprimento abaixo do joelho, e muitas vezes portando as armas da Loja ou da Maçonaria.

Bibliografia:

Coletânea de trabalhos da Loja Cinqüentenário, 192. Volume I – São Paulo, 1996.
Do livro Consultório Maçônico vol. VII - Ed. A Trolha - 2000

Ir.’. Julius da Costa Lopes
Ap.’.M.’.
CIM: 250034
26.08.2011



























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