sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A PROCURA DA LUZ

Num início de ano marcado por desastres e mortandade aqui e alhures, quando as forças da natureza parecem mobilizar-se em revanche contra as agressões que sofrem há séculos, é dever dos Maçons se unirem em socorro às vítimas cujo número se anuncia vir aumentando a cada dia e que melhor amparadas estariam se menores fossem as exigências burocráticas no transito das doações..
Cada vez melhor se percebe a necessidade de mudança no tipo de relações humanas e de relações com a natureza no orbe terráqueo como condição essencial para que a humanidade venha a desfrutar da sonhada felicidade, objetivo final da Ordem Maçônica, composta de homens que olham com primazia para o bem estar coletivo, deixando para o segundo lugar seu próprio conforto..
Tal sentimento se acentua de modo especial no começo do exercício maçônico anual, sendo as Lojas Simbólicas o centro de ebulição onde as idéias e os ideais se encontram em perfeita harmonia, embora pairando acima de debates, mas sempre fiéis aos grandes princípios da fraternidade..
O agradável reencontro dos Obreiros, seja nas oficinas, seja nos corpos administrativos, tem o sabor de reinício do mundo, desde que a Oficina simboliza o universo e o universo é uma oficina que trabalha incessantemente, regida pela autoridade suprema dos mundos..
Os debates, por vezes acalorados, não conseguem esconder a sua característica final de procura da verdade, que se processa entre Irmãos Maçons, isto é: entre Iniciados que procuram unir a própria luz à de milhões de criaturas humanas, àquela “verdadeira luz que ilumina todo homem que vem ao mundo” na palavra do Evangelho Segundo São João..
E assim ajuda a humanidade em sua marcha infinita através dos séculos, até o ponto buscado incansavelmente: a transformação da espécie humana num todo luminoso e feliz, na glória do Supremo Arquiteto do Universo..
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Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral