Talvez não seja exagero insistir na responsabilidade das Lojas Simbólicas e seus Mestres na formação Maçônica dos Irmãos aprendizes, estes que estão dando os primeiros passos na longa estrada que se estende a seu olhar, sedentos de verem o predomínio, no mundo, da virtude e da justiça. O sonho do iniciado do primeiro grau é ver a exaltação da fraternidade humana, tema praticamente alijado da presente ideologia da competitividade. A grande prova de confiança e de entusiasmo natural com que o homem profano se candidata a ingresso na Sublime Instituição, ao aceitar a devassa em sua vida privada por pessoas geralmente desconhecidas, no processo de admissão, deve ter, em contrapartida, o carinho e o desvelo da Loja em sua preparação maçônica, de modo a não se frustrarem as expectativas do principiante na senda da virtude. Em sessões dedicadas aos aprendizes, que se realizam em nossos templos uma soma considerável de conceitos maçônicos são oferecidos à reflexão do novel maçom que deseje estudar criteriosamente o seu ritual e tenha disposição mental de repousar o pensamento sobre cada um desses conceitos. Mas, é dever dos Mestres da Loja orientar os estudos, deixando sempre cada Irmão livre para enriquecer seus conhecimentos e premiar seus próprios esforços. Embora o ensinamento maçônico não siga o modelo do magister dix, está subordinado aos princípios gerais e aos postulados da Ordem, e o estudante tem liberdade para explorá-lo especulativamente, sob orientação, claro, do Mestre, cuja principal missão é justamente essa, como se diz nas instituições iniciáticas em geral: espargir a luz. O descaso com a preparação do maçom que engatinha nos primeiros graus é um dos mais perversos desserviços à Maçonaria, eis que o aprendiz de hoje pode ser o mestre e Grão-Mestre de amanhã, cabendo-lhe, nesse momento, a missão de conduzir os destinos da Sublime Instituição. A formação deficiente do Maçom pode ser causa do enfraquecimento da Ordem. Maior atenção deve ser dedicada aos que ingressam na Maçonaria, via de regra movidos por impulso interior, intuição pessoal, á áspera de estímulos de toda natureza para que realize, em si mesmo, com toda perfeição, em ambiente de verdadeira fraternidade, o ideal maçônico em benefício da humanidade.
Brasília – DF, 02 de setembro de 2011.
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral
Brasília – DF, 02 de setembro de 2011.
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral
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