1 - Influência política - Poder.
Ao contrário do que muitos pensam a Maçonaria - pelo menos a Maçonaria Regular, e mesmo quanto à Maçonaria Liberal, acho que são mais as vozes do que as nozes... - não tem mais influência junto do Poder Político do que qualquer outra Instituição Social. A única influência que a Maçonaria pode exercer é apenas de ordem moral, pelo exemplo dos seus membros através da aplicação dos seus princípios. Enganam-se os quem pensam que ao juntar-se à Maçonaria, terão acesso aos corredores do Poder. Aliás, uma das coisas de que o Maçom rapidamente se dá conta dentro da Ordem, é que é muito mais abrangente a ilusão do Poder, do que este propriamente dito. Ao menos em ambiente democrático, cada um exerce apenas o Poder que os demais lhe reconhecem e admitem que exerçam.
Em Loja, o detentor do Poder, o condutor, o decisor, o que detém os símbolos do Poder é o Venerável Mestre. Pois bem: como todos os que já se sentaram na Cadeira de Salomão rapidamente verificaram, a função de Venerável Mestre é aquela em que, afinal, não se tem mais direitos do que o mais recente Aprendiz, e ao contrário, tem mais deveres do que o restante dos Mestres.
Portanto, quem busca o perfume do Poder, procure-o noutro local ou ambiente, não na Maçonaria. Aqui apenas aprenderá o cumprimento dos seus deveres.
2 - Influência econômica - negócios e dinheiro.
Quem pensar que a entrada na Maçonaria é uma porta aberta para obter contactos e negócios e o propiciar de condições para "subir na vida", pense outra vez, e pense melhor. Se for este o motivo que o faz desejar entrar na Maçonaria, poupe-se ao trabalho e às despesas. Dentro da Maçonaria fará os mesmos negócios que faria fora dela. O que todos lhe pedirão na Maçonaria é que dê algo de si em prol dos outros. Dos demais receberá o que efetivamente necessite e os demais lhe possam dar, não o que deseje ou egoisticamente pense que lhe convenha. Os negócios da Maçonaria são de índole moral e espiritual. Quem desejar entrar no Templo, terá que deixar os seus metais à porta deste.
3 - Influência social - honrarias e reconhecimento.
Na Maçonaria usam-se aventais, colares e jóias, é verdade. Mas o Maçom considera tudo isso como meros penduricalhos. A única diferença entre o mais rico, bonito, bordado e colorido avental de Grande Oficial ou de Altos Graus e o simples avental branco de Aprendiz, é que, quem usa aquele pagou bem mais caro por ele do que o que usa este. Aliás, de todos os aventais que um Maçom possa possuir, aquele que para ele tem mais significado é precisamente o primeiro, o mais simples, o avental branco de Aprendiz. Esse é o que qualquer Maçom, qualquer que seja o seu grau ou qualidade, pode sempre usar, e simbolicamente, deve sempre usar. Esse é o adorno que o Maçom deve cuidar de manter sempre alvo e puro, e, portanto, nunca conspurcado por ações censuráveis ou indignas.
O Maçom gosta de usar a jóia de sua Loja, não porque seja bela ou valiosa, mas apenas e tão somente, porque é um dos símbolos de sua Loja, e o seu uso demonstra a todos os seus Irmãos o grupo fraterno em que se integra.
O Maçom gosta de usar a jóia de sua Loja, não porque seja bela ou valiosa, mas apenas e tão somente, porque é um dos símbolos de sua Loja, e o seu uso demonstra a todos os seus Irmãos o grupo fraterno em que se integra.
O Maçom usa colar quando exerce uma função, não porque lhe fique bem, mas apenas e tão somente, como distintivo de que a está exercendo. Em bom rigor, não é o Maçom que usa o colar; é o colar de função que usa o Maçom.
Nem na sociedade profana, a condição de Maçom atribui qualquer privilégio que não o reconhecimento das eventuais qualidades de quem o seja, nem no interior da Maçonaria o estatuto social, profissional, acadêmico ou de fortuna, diferencia um Maçom de outro; o mais jovem Aprendiz, só tem uma maneira de se dirigir ao Eminente Irmão Grão-Mestre (Estadual) ou, Soberano Irmão Grão-Mestre (Geral) : "meu Irmão". E é esse mesmo o tratamento que ele também recebe dos Grão-Mestres.
Assim, aquele que porventura sonhe ser a Maçonaria um local ideal para obter ou reforçar reconhecimento social, não se engane a ele, nem engane os Maçons: abstenha-se de pretender ser Maçom.
4 - Beneficência - ajuda ao próximo.
O bem intencionado que porventura procure na Maçonaria o instrumento para dar largas ao seu anseio de ajudar o próximo, de ser beneficente, se é essa a principal razão que o move, se é isso que vê na Maçonaria, também está enganado.
Não que a Solidariedade e a Beneficência não sejam prosseguidas pela Maçonaria. Claro que o são. Mas não é essa a razão de existir da Maçonaria. Não é por causa da
Solidariedade e da Beneficência que a Maçonaria existe. A Solidariedade e a Beneficência, são simples conseqüências de ser Maçom.
Em linguagem de "economês", por muito praticadas que sejam, a Solidariedade e a Beneficência não fazem, no entanto, parte da essência da maçonaria.
Em linguagem de "industrialês", por muito importantes que sejam, a Solidariedade e a Beneficência são simples subprodutos da Maçonaria.
Portanto, se são a Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem intencionado, e nada mais, e não essencialmente algo mais, então o melhor que o bem intencionado tem a fazer é dar largas ao seu anseio através de outras organizações especialmente vocacionadas para isso. O programa Criança Esperança é uma boa opção. A Cruz Vermelha, também. Os Bombeiros, idem. O Fome Zero, a mesma coisa. E muitas outras Organizações que têm na Solidariedade e na Beneficência a sua razão de ser. E, mesmo sem se juntar a qualquer Organização, certamente na sua rua ou na sua localidade encontrará alguém que necessita da sua ajuda. Dê-lha.
5 – Curiosidade – conhecer o “segredo maçônico”.
Se é a curiosidade que o faz desejar ser Maçom, não se iluda: naquilo que ela pode ser satisfeita, não precisa de ser Maçom para o saber.
Quer conhecer as palavras de reconhecimento mútuo dos Maçons? Por quem é, não seja por isso, arme-se de um pouco de paciência, leia uns livros, encontre nas obras onde estão transcritos rituais antigos e mate a sua curiosidade. Nunca ouviu dizer que os Maçons preservam a Tradição? Então, basta tirar a consequência: o que se fazia antigamente continua válido agora. Mas, o quê? Ser Maçom só para tomar conhecimento dessas palavras sem ter de ter o trabalho de procurar? A Preguiça é um Pecado Mortal. Se é só por isso que quer ser Maçom, os Maçons não querem preguiçosos no seu seio. E acredite, garanto-lhe que vai ter muito mais trabalho e demorar muito mais tempo para tomar conhecimento dessas palavras, grau por grau, do que se ler nos livros certos. Está quase tudo publicado.
Quer conhecer os sinais secretos dos Maçons? Mau caro, o You Tube preenche-lhe o anseio! Siga este atalho e ei-los, não ao vivo e a cores, mas em filme e a preto e
branco. Não lhe garanto que tudo o que vir esteja certo, mas posso afirmar-lhe que algo do que vir, o está. Portanto, caro curioso, se é a curiosidade que o move a ser Maçom, esqueça. Tem outros meios de satisfazê-la. E, afinal, se o que pretende é apenas conhecer o que pensam, o que fazem, o que tratam os Maçons, nem sequer precisa de se incomodar muito: basta-lhe ir lendo, por exemplo, “O Símbolo Perdido” de autoria de Dan Brown.
Resta saber, se o que ali está escrito é verdadeiro, visto que, o autor do livro, é um “Goteira”.
Pedro Cardoso Neto. M\ M \
Trabalho apresentado em .02/09/2011, E\V\
Bibliogrfia:
Adaptação para apresentação em Loja, oriunda de um trabalho do irmão Rui Bandeira, integrante da Loja Mestre Affonso Domingues, Oriente de Portugal
Nenhum comentário:
Postar um comentário