terça-feira, 2 de novembro de 2010

Depois do Segundo Turno

Marcos José da Silva
Enfim, dentro de dois dias teremos vencido a segunda etapa da findante campanha eleitoral; veremos as tensões se diluírem e entraremos na expectativa das ações dos eleitos governo. Dentro de dois dias, os brasileiros terão demonstrado mais uma vez a sua vocação democrática, que a brutalidade e a irresponsabilidade dos diversos regimes de exceção até hoje não conseguiram sufocar.
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Neste quarto de século que nos separa da última ditadura, vimos mostrando ao mundo como se conduz, pacificamente, um povo da opressão à liberdade, do atraso econômico  à prosperidade, da sujeição aos interesses externos à afirmação valorosa da nacionalidade, em nosso caso, agora, respeitada e admirada no concerto das nações. Fechamos o quartel com a chave de ouro do progresso social, livrando da miséria grandes massas populares que faziam falta ao mercado interno.
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A Maçonaria tem sofrido grandes prejuízos com a ocorrência de guerras e revoluções, e a Constituição do Grande Oriente do Brasil é terminante no combate ao recurso à força e à violência para a consecução de quaisquer objetivos. Os Maçons têm, sim, como dever essencial a obediência à lei. Passado a calor da refrega eleitoral, cabe a nós trabalharmos com maior empenho na liberalização dos laços fraternais de que nos unem, a todos os seres humanos da nossa terra e de além fronteiras.
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Não obstante as personalidades e os partidos políticos que venham a exercer o poder, a Maçonaria e os Maçons, sobre oferecerem a sua contribuição aos novos mandatários, estarão ativos e vigilantes, além de bem consciente dos fins supremos da Instituição: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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Se a Liberdade não vale nada sem a Ordem, a Ordem nada significa de positivo sem a Liberdade. Como se diz em Maçonaria, o exercício da autoridade deve ser condicionado, constitucionalmente, à liberdade dos cidadãos. Ou, como disse o nosso Irmão François-Marie Voltaire, iniciado em Paris, no século XVIII, perante a Loja     “Les Neuf Soeurs”: “ A Liberdade consiste na dependência senão das leis”.
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A Igualdade, por sua vez, é um dos princípios basilares sustentados pela Maçonaria. Igualdade entre as nações, sejam fracas ou fortes, indispensável para o tranquilo e seguro desenvolvimento dos povos. Também entre os cidadãos de um país. A Maçonaria defende que só há real distribuição da Justiça quando todos os postulantes são iguais perante a lei. Os Maçons sempre se oporão a quaisquer privilégios e regalias indevidos.


Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

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